quinta-feira, 19 de maio de 2011

Um outro ponto de vista para a indústria da cana


Um tema que foi bastante abordado nas nossas aulas de sociologia foi a exploração do trabalho, que ocorre em excesso nas plantações de cana pelo Brasil. Essa atividade gera lucros altíssimos para os proprietários das terras e, em contrapartida, paga salários que não são suficientes para a sobrevivência dos trabalhadores.
Segue abaixo um texto, redijido por um integrante do nosso grupo de postagem, que pode abrir a cabeça de muitas pessoas para os problemas que são financiados por essa exploração.

" O homem insiste em resgatar os seus podres da historia ou é essa ganância que corre nas veias do ser humano capitalista?
O acumulo do capital, algo que é visto como necessidade para o homem moderno ocasiona injustiças que devem ser revistas, conforme for deve ocorrer à total reestruturação de pensamentos e ações. Relacionando a indústria da cana com a primeira revolução industrial, será que o homem ainda vê o mundo como via há 200 anos? Pouco se evoluiu no pensamento capitalista, pois as bases dessas idéias são simples e se fixaram na sociedade, portanto devemos controlar essa ideologia poderosa. Queremos relações sociais harmoniosas visando o progresso coletivo e não o acúmulo pessoal.
A indústria da cana é um setor que cresce muito no país, alem do que estamos na era pós-petróleo e da cana se faz o etanol, combustível renovável que pode garantir uma parte da energia do futuro, porém por trás desse tesouro natural vemos uma indústria exploradora que não segue os direitos básicos dos trabalhadores.
A iniciativa privada esta totalmente liberada da intervenção do estado. Isso cria um horizonte para o empresário investir no setor, visando o desenvolvimento da indústria da cana. E o desenvolvimento social? Todo dia um cortador de cana corta 15 toneladas por apenas 800 reais mensais, por trás disso o etanol move um mercado altamente lucrativo. Onde está à igualdade, liberdade, ou melhor, a oportunidade? São formadas vilas ou até cidades que vivem do corte da cana, essas pessoas são submetidas a realidades péssimas, onde 1000 reais são suficientes, como esperar o progresso? Mortes ocorrem frequentemente nas plantações de cana, motivo? A ganância do homem!
Além de tratarmos dos problemas sociais, devemos ressaltar o mal que faz a indústria da cana para o meio ambiente. Quando pensamos em etanol temos que visualizar centenas de hequitares de cana de açúcar sendo cultivada, milhares de toneladas de adubos e agrotóxicos sendo lançadas no solo e no ar, vidas sendo afetadas, ecossistemas destruídos, alterações climáticas, esgotamento paulatino do solo, contaminação de córregos, rios e oceanos.
Pode-se inclusive duvidar de que o conceito de energia renovável para o etanol não é valido. Como o futuro do desenvolvimento energético pode estar relacionado com esse pensamento enraizado em estruturas socioeconômicas tão arcaicas, não é possível reestruturamos esse ciclo econômico? Vamos fechar os olhos para o ocorrido em Fukushima? È preciso repensar o conceito de energia renovável, a humanidade acaba desenvolvendo energias que afetam o mundo. Devemos investir em energias de baixo impacto. Voltando a cana, órgãos governamentais devem mudar o modo de plantação e corte da cana, mecanizando os processos, aumentando a dignidade dos trabalhadores desse setor, desenvolvendo políticas de reflorestamento, diminuindo a utilização química e etc. Conclui-se então que devemos evoluir nossa própria mentalidade em relação aos nossos semelhantes, para evitarmos grandes problemas para o futuro!"
Felipe Cherbino

Nenhum comentário:

Postar um comentário