domingo, 20 de novembro de 2011
OUVINDO O OUTRO LADO...
Você confere abaixo, texto escrito por estudantes desta universidade que vivenciam tudo que se passa...
O texto a seguir foi publicado no Facebook por Jannerson Xavier e pode ser acessado no endereço que colocarei ao final do post. Acho fundamental sua leitura. Aqui está o relato dele:
Somos alunos da ECA-USP e visto a falta de imparcialidade da mídia com referência aos últimos acontecimentos ocorridos dentro da Universidade de São Paulo, cremos ser importante divulgar o cenário real do que realmente se passa na USP. Alguns fatos importantes que gostaríamos de mostrar:
- O incidente do dia 27/10/11, quando 3 alunos foram pegos portando maconha, NÃO foi o ponto de partida das reivindicações estudantis. Aquele foi o estopim para insatisfações já existentes.
- Portanto, gostaríamos de explicitar que a legalização da maconha, seja dentro da Cidade Universitária ou em qualquer espaço público, não é uma reivindicação estudantil. Alguns grupos até estão discutindo essa questão, mas ela NÃO entra na pauta de discussões que estamos tendo na USP.
- Os alunos da USP NÃO são uma unidade. Dentro da Universidade há diversas unidades (FFLCH, FEA, Poli, etc.) e, dentro de cada unidade, grupos com diferentes opiniões. Por isso não se deve generalizar atitudes de minorias para uma universidade inteira. O que estamos fazendo, isso no geral, é sim discutir a situação atual em que se encontra a Universidade.
- O Movimento Estudantil, responsável pelos eventos recentes, NÃO é uma organização e tampouco possui membros fixos. Cada ação é deliberada em assembleia por alunos cuja presença é facultativa. O que há é uma liderança desse movimento, composta principalmente por membros do DCE (Diretório Central dos Estudantes) e dos CAs (Centros Acadêmicos) de cada unidade. Alguns são ligados a partidos políticos, outros não.
- Portanto, os meios pelos quais o Movimento Estudantil se mostra (invasões, pixações, etc.) não são decisão de maiorias e, portanto, são passíveis de reprovação. Seus fins (ou seja, os pontos reais que são discutidos), no entanto, têm adesão muito maior, com 3000 alunos na assembleia do dia 08/11.
- Apesar de reprovar os meio usados pelo Movimento Estudantil (invasões, depredação), não podemos desligitimar as reivindicações feitas por esses 3000 alunos. Os fatos não podem ser resumidos a uma atitude de uma parcela muito pequena dos universitários.
Sabendo do que esse movimento NÃO se trata, seguem suas reinvidicações:
DISCUSSÃO DO CONVÊNIO PM-USP / MODELOS DE SEGURANÇA NA USP
A reivindicação estudantil não é: PM FORA DO CAMPUS, mas antes SEGURANÇA DENTRO DO CAMPUS. Os estudantes crêem na relação dessas reivindicações por três motivos:
A PM não é o melhor instrumento para aumentar a segurança, pois a falta de segurança da Cidade Universitária se deve, entre outros fatores, a um planejamento urbanístico antiquado, gerando grandes vazios. Iluminação apropriada, política preventiva de segurança e abertura do campus à populacão (gerando maior circulação de pessoas) seriam mais efetivas. Mas, acima de tudo...
A Guarda Universitária deve ser responsável pela segurança da universidade. Essa guarda já existe, mas está completamente sucateada. Falta contingente, treinamento, equipamento e uma legislação amparando sua atuação. Seria muito mais razoável aprimorá-la a permitir a PM no campus, principalmente porque...
A PM é instrumento de poder do Estado de São Paulo sobre a USP, que é uma autarquia e, como tal, deveria ter autonomia administrativa. O conceito de Universidade pressupõe a supremacia da ciência, sem submissão a interesses políticos e econômicos. A eleição indireta para reitor, com seleção pessoal por parte do governador do Estado, ilustra essa submissão. O atual reitor João Grandino Rodas, por exemplo, era homem forte do governo Serra antes de assumir o cargo.
POSTURA MAIS TRANSPARENTE DO REITOR RODAS / FIM DA PERSEGUIÇÃO AOS ALUNOS
Antes de tudo, independentemente de questões ideológicas, Rodas está sendo investigado pelo Ministério Público de São Paulo por corrupção, sob acusação de envolvimento em escândalos como nomeação a cargos públicos sem concurso (inclusive do filho de Suely Vilela, reitora anterior a Rodas), criação de cargos de Pró-Reitor Adjunto sem previsão orçamentária e autorização legal, e outros.
No mais, suas decisões são contrárias à autonomia administrativa que é direito de toda universidade. Depois de declarar-se a favor da privatização da universidade pública, suspendeu salários em ocasiões de greve, anunciou a demissão em massa de 270 funcionários e, principalmente, moveu processos contra alunos e funcionários envolvidos em protestos políticos.
Rodas, em suma: foi eleito indiretamente, faz uma gestão corrupta e destrói a autonomia universitária.
Você pode estar pensando…
MAS E O ALUNO MORTO NO ESTACIONAMENTO DA FEA-USP, ENTRE OUTRAS OCORRÊNCIAS?
Sobre o caso específico, a PM fazia blitz dentro da Cidade Universitária na noite do assassinato. Ainda é bom lembrar que a presença da PM já vinha se intensificando desde sua primeira entrada na USP, em Junho/2009 (entrada permitida por Rodas, então braço-direito de Serra). Mesmo assim, ela não alterou o número de ocorrências nesse período comparado com o período anterior a 2009. Ao contrário, iniciou um policiamento ostensivo, regularmente enquadrando alunos, mesmo em unidades nas quais mais estudantes apoiam sua presença, como Poli e FEA.
MAS E A DIMINUIÇÃO DE 60% NA CRIMINALIDADE APÓS O CONVÊNIO USP-PM?
São dados corretos. Porém a estatística mostra que esta variação não está fora da variação anual na taxa de ocorrências dentro do campus ( http://bit.ly/sXlp0U ). A PM, portanto, não causou diminuição real da criminalidade na USP antes ou depois do convênio. Lembre-se: ela já estava presente no início do ano, quando a criminalidade disparou.
MAS, AFINAL, PARA QUE SERVE A TAL AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA?
Serve para que a Universidade possa cumprir suas funções da melhor maneira possível. De maneira simplista, são elas:
- Melhorar a sociedade com pesquisas científicas, sem depender de retorno financeiro imediato.
- Formar cidadãos com um verdadeiro senso crítico, pois mera especialização profissional é papel de cursos técnicos e de tecnologia.
Importante: autonomia universitária total não existe. O dinheiro vem sim do Governo, do contribuinte, porém a autonomia universitária não serve para tirar responsabilidades da Universidade, mas sim para que ela possa cumprir essas responsabilidades melhor.
COMO ISSO ME AFETA? POR QUE EU DEVERIA APOIA-LOS?
As lutas que estão ocorrendo na USP são localizadas, mas tratam de temas GLOBAIS. São duas bandeiras: SEGURANÇA e CORRUPÇÃO, e acreditamos que opiniões sobre elas não sejam tão divergentes. Alguém apoia a corrupção? Alguem é contra segurança?
O que você acha mais sensato:
- Rechaçar reivindicações justas por conta de depredações e atos reprováveis de uma minoria, ou;
- Aderir a essas mesmas reivindicações, propondo ações mais efetivas?
Você tem a liberdade de escolher, contra-argumentar ou mesmo ignorar.
Mas lembre-se de que liberdade só existe com esclarecimento.
Esperamos ter contribuído para isso.
Se você se interessa pelo assunto, pode começar lendo este depoimento: http://on.fb.me/szJwJt
Bárbara Doro Zachi
Jannerson Xavier Borges
PS: Já que a desconfiança é com a mídia, evitamos linkar material de qualquer veículo.
Este texto foi extraído deste endereço: http://www.facebook.com/notes/jannerson-xavier/esclarecendo-o-caso-...
Assim, quero contribuir para divulgar aquilo que todos tem o direito de saber: todos os lados de todos os envolvidos.
Grande abraço!
Edwi Oliveira Santos Feitoza
http://alagoinhaipaumirim.blogspot.com/2011/11/o-mundo-alem-da-midia.htmlTweet
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
A Censura foi censurada
Um assunto que gerou muita polêmica nesses últimos dias foi o comercial feito pela modelo e atriz Gisele Bundchen . A Secretaria de Políticas para mulheres achou que o comercial foi infeliz ao influenciarem as brasileiras a usarem o charme para tornar as situações do cotidiano menos "pesadas para seus companheiros". Segundo a secretaria :“‘Hope Ensina’ é a campanha da empresa que ‘ensina’ como a sensualidade pode deixar qualquer homem ‘derretido’. Nela, a modelo Gisele Bundchen estimula as mulheres brasileiras a fazerem uso de seu 'charme' (exposição do corpo e insinuações) para amenizar possíveis reações de seus companheiros frente a incidentes do cotidiano” e ainda completam “A propaganda promove o reforço do estereótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grandes avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os artigos 1° e 5° da Constituição Federal”.
Em contrapartida, os produtores e diretores do comercial da HOPE disseram que os fatos que são demonstrados nos comerciais não representam nada mais, nada menos do que fatos do cotidiano de um casal. Bater o carro, estourar o limite do cartão.. são exemplos desagradáveis que podem ocorrer na vida que qualquer casal , sendo o agente da ação homem ou mulher.
Esse comercial foi tirado do ar por um tempo, mas nessa quinta feira O governo decidiu deixar o comercial no ar após uma série de processos que o mesmo vinha sido atingido.
Hoje em dia o humor está sendo levado muito a sério. Reprimir não é a solução.
Depois de todas as discussões a propaganda já está autorizada para veicular livremente.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Café com Leite (água e azeite?)
Aqui esta um vídeo mostrado em classe que explica o MITO do democracia racial e seus reflexos na sociedade brasileira. Nossas dúvidas e comentários são sinais de pensamento contínuo, de progresso deste pensamento, portanto, argumentem com a classe após ver este vídeo, assim poderemos aprofundar nosso conhecimento com experiências individuais. O vídeo consiste em 6 partes, aqui esta a primeira:
http://www.youtube.com/watch?v=375sS13XAT0
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segunda-feira, 19 de setembro de 2011
As diversas faces do preconceito nos Estados Unidos
Esses conflitos já eram evidentes desde antes da Guerra de Secessão. Isso ocorria porque, os estados do Norte (em processo industrial) defendiam a abolição da escravidão, para que assim, os negros pudessem formar um mercado consumidor interno para as mercadorias que estavam sendo produzidas.
Já os estados sulistas, que ainda insistiam nos latifúndios, eram contra o fim do trabalho escravo, pois os mesmos dependiam deste tipo de trabalho para o desenvolvimento da sua economia.
Sendo assim, era questão de tempo para que se iniciassem os conflitos, que acabaram na Guerra de Secessão.
Com o final da guerra, os estados do Norte saíram-se vencedores do conflito e, como conseqüência, foi decretada a abolição da escravidão nos Estados Unidos da América.
Após a abolição da escravidão, o Norte concedeu aos negros (ex – escravos) muitos benefícios, econômicos e políticos, excluindo assim os sulistas de participações nas discussões políticas norte-americanas.
O fato ocorrido gerou uma grande e violenta revolta dos sulistas, ocasionando, portanto, a criação do Ku Klux Klan, que visava eliminar os negros, violentamente, para garantir os direitos dos brancos sulistas.
Esses foram, e são até hoje, o grande ícone do preconceito racial nos Estados Unidos.
Atualmente, observa-se que os atos de racismo se tornaram menos freqüentes e isso se concretizou após a eleição do primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos, Barack Obama.
No entanto, apesar de a melhora ser evidente, ainda existem alguns exemplos de preconceito racial no país, como os bairros exclusivamente negros. Esses foram criados devido aos atos de violência enfrentados pelos negros durante a história do país e são encarados como uma forma de proteção às ações dos brancos e principalmente do Ku Klux Klan. Além disso, é também uma forma de excluir do local os brancos, o que também pode ser encarado como preconceito racial.
Outro exemplo da atual situação enfrentada pelos negros é o fato de, muitas vezes, serem associados à violência, roubos e tráfico de drogas.
Para que isso não ocorra, 44 dos 50 estados norte-americanos possuem leis punindo explicitamente a discriminação racial. Curiosamente, os 6 estados que não aderiram à prática dessas leis pertencem ao Sul do país.
Portanto, pode-se concluir que apesar da grande melhora do índice de discriminação racial, o preconceito ainda se mostra presente na sociedade norte-americana, o que é um fato vergonhoso para o país que é considerado o mais desenvolvido do mundo.
Grupo 3: Rafael Kaeriyama
Fernando Boturão
Felipe Cherbino
Thiago Ferrari
Matheus Ferreira
Paulo de PaulaTweet
domingo, 18 de setembro de 2011
O Terror No País Da Paz
Além disso, o evolucionismo usado com fins poéticos e de dominação gerou um pensamento extremamente preconceituoso e nega qualquer tipo de diversidade. Pode-se dizer então, que o preconceito existe atualmente e as idéias de serem superiores de alguns povos tem raízes históricas, geradas em processos como o imperialismo, a primeira guerra mundial, a segunda guerra mundial, entre outros.
Uma situação atual que ocorreu de engloba todos esses conceitos citados acima foi o atentado que aconteceu na Noruega em julho deste ano. Antes de ter conhecimento sobre o legítimo assassino desse atentado, o próprio governo suspeitou que organizações terroristas internacionais como islâmicas e muçulmanas, tivessem envolvidas no caso. Destaca-se portanto o preconceito racial e étnico por parte das autoridades norueguesas.
Contudo, para a surpresa de todos, o verdadeiro assassino era o jovem norueguês Anders Behring Breivik branco, loiro, de olhos azuis, de 32 anos que jamais levantaria suspeita na alfândega americana diferentemente daqueles que não tem a pele tão clara ou olhos azuis. Ele alegou como motivos para tal atitude o fato de ter feito parte do partido progressista (xenófobo), era contra os integrantes do partido trabalhados, além de ser contra o multiculturismo e ter escrito um manisfesto de cunho xenófobo e neonazista.
Por fim, concluímos que apesar de ter se passado quase dois séculos, esses conceitos praticados no século XIX ainda são muito presentes e influentes nos dias atuais, mesmo a ciência provando a igualdade entra as raças esse conceito permanece no modo de vida da sociedade por ter raízes nos processos históricos anteriores.
Trabalho Bimestral de Sociologia- grupo 2
Integrantes:
Alana Rivera
Aline Sanchas
Gabriella Rodas
Giulia Pierry
Thais Trida
Luciana MarçalTweet
Ecovias libera pista norte da Imigrantes após mega-acidente
Até então a pista sul da Imigrantes estava sendo utilizada para o tráfego sentido litoral-capital. Com a liberação, a pista sul volta a operar no sentido capital-litoral, e a norte no sentido litoral-capital.
Por volta de 12h20, a Anchieta estava com o tráfego lento em todo o trecho de serra, nos dois sentidos.
Segundo Roberval França, comandante da Polícia Militar na região do ABC paulista, cerca de 300 veículos teriam se envolvido no acidente. Uma pessoa morreu e 51 ficaram feridas (duas em estado grave).
Maior da história da Imigrantes
Segundo o comandante da PM, o acidente é o maior da história da Imigrantes, considerando o número de veículos envolvidos.Em 28 de junho 1977, um engavetamento envolvendo cerca de 140 veículos na Anchieta, em Cubatão, terminou com a morte de 15 pessoas.
Ontem, as vítimas --algumas retiradas das ferragens-- foram conduzidas aos prontos socorros de Diadema, Mauá, Cubatão e Santos.
O Corpo de Bombeiros precisou também combater um incêndio em um caminhão envolvido no acidente. Segundo a concessionária Ecovias, o veículo transportava produtos perigosos, mas não estava carregado --o fogo teria sido causado por resquícios do material.
Uma equipe da Cetesb (órgão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente) foi chamada para ir até o local para analisar um possível vazamento.
Pouco antes do engavetamento na Imigrantes houve outro acidente na altura do km 38 da Anchieta, envolvendo quatro carretas.Tweet
Preconceito: Até Quando Viveremos Esta Guerra?
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Super Maratona Enem
A super maratona enem que vai ocorrer nesse domingo (28/28/2011) é uma oportunidade para vestibulandos e alunos da 3ª série. Trata-se de uma versão compacta do enem composta de 90 questões + redação.
A inscrição é gratuita e deve ser feita no site:
http://www.supermaratonaenem.com.br/
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A Crise é o Capitalismo
Quando milhares de [jovens] indignados, [que ocuparam as praças da Espanha], tiram de foco a “crise” e atacam diretamente o sistema que produz tantos desarranjos, estão sustentando algo importante. Querem dizer que é preciso ir à raiz dos problemas, olhar para suas causas. Porque se elas persistirem, continuarão produzindo as mesmas consequências.
Mas de que sistema falamos? Muitos diriam capitalismo, mais é algo pouco útil: há muitos capitalismos. Precisamos analisar o que vivemos como crise para entender que não se trata de uma patologia do sistema, mas do resultado deste capitalismo. Além disso, a critica se estende à gestão política. E surge no contexto de uma Europa desequilibrada por um sistema financeiro destrutivo que provoca a crise do euro e suscita a desunião europeia.
Nas ultimas décadas, constituiu-se um capitalismo global, dominado por instituições financeiras (os bancos são apenas uma parte) que vivem de produzir dívida e ganhar com ela. Para aumentar seus lucros, as instituições financeiras criam capital virtual por meio dos chamados “derivativos” [ou, basicamente, apostas na evolução futura de todo tipo de preço]. Emprestam umas às outras, aumentando o capital circulante e, portanto, os juros [e comissões] a receber. Em média, os bancos dispõem, nos Estados Unidos ou na Europa, de apenas 3% do capital que devem ao público. Se este percentual chega a 5%, são considerados solventes, [em boa saúde financeira]. Enquanto isso, 95% [do dinheiro dos depositantes] não está disponível: alimenta incessantemente operações que envolvem múltiplos credores e devedores, que estabelecem relações num mercado volátil, em grande parte desregulado.
Diz-se que umas transações compensam umas às outras e o risco se dilui. Para cobrir os riscos, há os seguros – mas as seguradoras também emprestam o capital que deveriam reservar para fazer frente a sinistros. Ainda assim, permanecem tranquilos, porque supõem que, em ultima estancia, o Estado (ou seja, nós) vai salvá-los das dívidas – desde que sejam grandes o suficiente [para ameaçar toda a economia]… O efeito perverso deste sistema, operado por redes de computadores mediadas por modelos matemáticos sofisticados, é: quanto menos garantias tiverem, mais rentáveis (para as instituições financeiras e seus dirigentes) as operações serão. E aqui entra outro fator: o modelo consumista que busca o sentido da vida comprando-a em prestações….
Como o maior investimento das pessoas são suas próprias casas, o mercado hipotecário (alimentado por juros reais negativos) criou um paraíso artificial. Estimulou uma industria imobiliária especulativa e desmesurada, predadora do meio ambiente, que se alimenta de trabalhadores imigrantes e dinheiro emprestado a baixo custo. Diante de tal facilidade, poucos empreendedores apostaram em inovações. Mesmo empresas de desenvolvimento tecnológico, grandes ou pequenas, passaram a buscar a autovalorização no mercado financeiro, ao invés de inovar. O que importava não eram as habilidades e virtudes da empresa, mas seu valor no mercado de capitais. O que muitos “inovadores” desejavam, na verdade, é que sua empresa fosse comprada por uma maior. A chave desta piramide especulativa era o entrelaçamento de toda essa divida: os passivos se convertiam em ativos para garantir outros empréstimos. Quando os empréstimos não puderam mais ser pagos, começou a insolvência de empresas e pessoas. As quebras propagaram-se em cadeia, até chegar no coração do sistema: as grandes seguradoras.
Diante do perigo do colapso de todo o sistema, os governos salvaram bancos e demais instituições financeiras.
Quando secou o credito às empresas, a crise financeira converteu-se em crise industrial e de emprego. Os governos assumiram o custo de evitar o desemprego em massa e tentar reanimar a economia moribunda. Como pagar a conta? Aumentar os impostos não dá votos. Por isso, recorreram aos próprios mercados financeiros, aumentando sua já elevada dívida pública. Quanto mais especulativas eram as economias (Grécia, Irlanda, Portugal, Itália, Espanha) e quanto mais os governos pensavam apenas no curto prazo, maior eram o gasto público e o aumento da dívida. Como ela estava lastreada por uma modea forte – o euro –, os mercados continuaram emprestando. Contavam com a força e o crédito da União Europeia. O resultado foi uma crise financeira de vários Estados, ameaçados de falência. Esta crise fiscal converteu-se, em seguida, numa nova crise financeira: porque colocou em perigo o euro e aumentou o risco de países suspeitos de futura insolvência.
Mas quem quebraria, se fossem à falência os países em condições financeiras mais precárias, eram os bancos alemães e franceses. Para salvar tais bancos, era, portanto, preciso resgatar os países devedores. A condição foi impor cortes nos gastos dos Estados e a redução de empregos em empresas e no setor público. Muitos países – incluindo a Espanha – perderam sua soberania econômica. Assim chegaram as ondas de demissões, o aumento do desemprego, a redução de salários e os cortes nos serviços sociais. Coexistem com lucros recordes para o setor financeiro. Claro que alguns bancos perderam muito, e terão de sofrer intervenção do Estado – para serem, em seguida, reprivatizados. Por isso, os “indignados” afirmam que o sistema não está em crise. O capital financeiro continua ganhando, e transfere os prejuízos à sociedade e aos Estados. Assim se disciplinam os sindicatos e os cidadãos. Assim, a crise das finanças torna-se crise política.
Por que a outra característica-chave do sistema não é econômica, mas política. Trata-se da ruptura do vinculo entre cidadão e governantes. “Não nos representam”, dizem muitos. Os partidos vivem entre si e para si. A classe política tornou-se uma casta que compartilha o interesse comum de manter o poder dividido entre si mesma, através de um mercado político-midiatico que se renova a cada quatro anos. Auto-absolvendo-se da corrupção e dos abusos, já que tem o poder de designar a cúpula do Poder Judiciário.
Protegido desta forma, o poder Político, pactua com os outros dois poderes: o Financeiro e o Midiático, que estão profundamente imbricados. Enquanto a dívida econômica puder ser rolada, e a comunicação controlada, as pessoas tocarão suas vidas passivamente. Esse é o sistema. Por isso, acreditavam-se invencíveis. Até que a surgiu a comunicação autônoma e as pessoas, juntas, perderam o medo e se indignaram. Adonde ván? Cada um tem sua ideia, mas há temas em comuns. Que os bancos paguem a crise. Controle sobre os políticos. Internet livre. Uma economia da criatividade e um modo de vida sustentável. E, sobretudo, reinventar a democracia, a partir de valores como participação, transparência e prestação de contas aos cidadãos. Porque como dizia um cartaz dos indignados: “Não é que estamos em crise. Es que ya no te quiero”.
Manuel Castells: "Diante da novas turbulências financeiras, é preciso propor grandes mudanças - entre elas, a reinvenção da democracia"
TweetVídeo sobre a Primavera àrabe
A luta contra os "Ratos" e a Caça por Gaddafi
Como todos sabem o mundo árabe vem passando por uma série de conflitos desde o começo do ano. Acontece que à poucos instantes atrás o ditador Muamma Gaddafi liberou um novo vídeo no canal de televisão chamado Al- Orouba.
Como líder do Líbano, ele chama a população para lutar contra os supostos "ratos" que prejudicaram seu país, chamando até mesmo, mulheres e crianças para "purificar Trípoli".
Muamma também pediu para os seus defensores lutarem contra a intervenção estrangeira. Em pronunciamentos passados o ditador já disse : "Haverá milhares de mortos se os Eua ou a Otan intervirem na Líbia"
Ninguém sabe ao certo aonde Gaddafi está escondido, gerando uma certa curiosidade e revolta da população.
Gadaffi teria afirmado que ainda estava na capital,mas ninguém sabe ao certo aonde ele está escondido. A Otan vem colaborando com os rebeldes para encontrar o ditador. Essa busca incansável chegou ao ponto do CTN (orgão político dos rebeldes líbios) oferecerem recompensa de mais de um milhão e meio de dólares para quemo encontrasse, vivo ou morto.
O ministro britânico afirmou para a Sky news que a Otan está dando recursos intelectuais e de reconhecimento ao conselho nacional de transição Líbio para ajudar a encontrar Gaddafi.
A seguir, segue a declaração feita pelo ministro:
" A Otan esteve ontem anoite mais ativa do que nos últimos dias, e o Reino Unido estava entre os países que participaram das operações contra os vestígios do regime (de Gaddafi)"
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Ricardo Teixeira é envolvido em escândalo de propina
Acontece que essa informação não conseguiu ficar debaixo dos panos por muito tempo, a BBC anunciou que os envolvidos nesse episodio seriam o Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e o ex-presidente da FIFA, João Havelange. De acordo com a BBC, eles fecharam um acordo para impedir a publicação dos seus nomes.
Em 2002, Thomas Bauer, responsável pela liquidação da ISL, resolveu averiguar a veracidade dos fatos, e constatou que existia mesmo o pagamento da propina, consequentemente ele comunicou 20 membros da FIFA para devolverem o dinheiro e no final de tudo foi tudo acertado em um acordo. Os envolvidos pagaram US$ 2,5 milhões e o caso foi encerrado.
Depois de um tempo, o MP Suíço decidiu avaliar justamente os recipientes do dinheiro, baseado nos documentos que já haviam sido levantados nos dois últimos casos. Em junho de 2010, a Corte de Zug finalmente chegou à conclusão que as propinas existiram.
O que nos leva a seguinte pergunta: que direito essas pessoas tem de aceitar propina, mesmo eles sabendo que isso é errado? Tudo isso gera uma série de duvidas a respeito da credibilidade dessa organização.Mas do ponto de vista filosófico, essa é uma questão muito simples, se isso não é permitido por lei, e nenhum cidadão pode fazê-lo, por que eles fazem? Entao como uma conclusão, se a sociedade não pode, esses representantes também não podem.Infelizmente, essas pessoas têm influências suficiente para colocar essa situação debaixo dos panos e acalmar tudo, e é nosso dever não permitir isso e punir os indivíduos de acordo com a lei.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Fenômeno Lã Nina e divisão do Estado do Pará
Vídeo: História das Coisas - Annie Leonard
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Diferenças raciais em jogos
Dizem que os seis jogadores negros se manisfestaram por não sentir-se à vontade entre os demais jogadores mas nenhum confirmou algo parecido. É interessante ressaltar que estas diferenças so vieram à tona depois que a seleção foi eliminada logo na primeira fase da Copa do Mundo de 2010 e que, por outro lado, todos parecem ter esquecido que a seleção de 1988 tinha jogadores tão distintos étnicamente como esta e mesmo assim, levou o título de campeã do mundo para casa.
Seleção Francesa 1988
Afinal, Desde quando o esporte tem espaço para discriminaçao racial?
Para mais informações, acesse o site da UOL: http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/04/29/ministra-pede-inquerito-sobre-suposta-cota-racial-no-futebol-frances.jhtm
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Já temos quase 4 milhões de concorrentes!!
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Os bilhetes de Getúlio
Um brinde à Revolução Francesa!
Pesquisadores descobrem o gene da dor
quinta-feira, 2 de junho de 2011
O gene da impulsividade
Fonte
A Independência Decifrada
Há dois anos, o aniversário da chegada da família real ao Rio de Janeiro contribuiu para redimensionar a imagem de fugitivos ainda associada ao príncipe D. João e seus familiares. A enxurrada de reedições de livros e as novas pesquisas sobre o período demonstraram que a decisão de transferir a corte para o Novo Mundo, tomada pelo Conselho de Estado na noite de 24 de novembro de 1807, não foi um ato impensado de puro desespero.
A decisão foi resultado da falência da tradicional política externa de neutralidade que a Coroa portuguesa continuou a trilhar, incapaz de compreender inteiramente as novas nuances ideológicas dos anos que se seguiram à Revolução Francesa e a expansão napoleônica. Também foram decisivos o temor da perda de seu império ultramarino para o poder econômico e naval britânico e a ideia de que a violação da pessoa real significava um ataque aos próprios fundamentos do poder instituído.
São inegáveis os avanços que a corte trouxe para o Rio de Janeiro e os territórios do centro-sul da América portuguesa. A abertura dos portos, concretizada e aprofundada com os acordos assinados com a Grã-Bretanha em 1810, abriu novos mercados para os produtos brasileiros e aumentou a prosperidade econômica. A presença da família real agitou a vida cultural carioca com novas formas de divertimento (a música, o teatro), com novidades como o estabelecimento da imprensa e a criação de instituições científicas como o Jardim Botânico e a Biblioteca Real. Também foram reproduzidos na capital fluminense os órgãos superiores de administração até então baseados em Lisboa, o que levou ao surgimento de uma burocracia estabelecida e com interesses nos trópicos.
Mas não devemos esquecer que essa elevação teve como motivo imediato uma razão mais oportunista. Com a derrota definitiva de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo (em 18 de junho de 1815), os países vitoriosos se reuniram no Congresso de Viena para redesenhar o mapa político europeu. A ideia dos diplomatas presentes era restaurar a ordem geopolítica que reinava antes dos acontecimentos que, sucederam à Revolução Francesa. Estavam representadas as principais potências do momento: Inglaterra, Rússia, Áustria, Prússia e a derrotada França.
Essa situação era injusta para Portugal, que atuou ativamente na derrota do exército francês na península Ibérica. Como forma de tentar aumentar sua representação, durante o congresso começaram as negociações para o casamento entre o príncipe D. Pedro e a arquiduquesa da Áustria, D. Leopoldina Carolina Josefa de Habsburgo.
No plano da política internacional a união era uma jogada de mestre. O jovem príncipe tornava-se genro do imperador austríaco Francisco I, um dos líderes da Santa Aliança e da reação conservadora que dominava a Europa. A união das dinastias de Bragança e Habsburgo consolidava a monarquia instalada na América e fortalecia ainda mais o sistema monárquico na Europa. O matrimônio foi realizado por procuração em 13 de maio de 1817.
terça-feira, 31 de maio de 2011
3-D de galáxia embrionária
Leia a matéria na íntegra ("Galáxias Perdidas") na edição nº 109 - junho/2011 da revista Scientific American Brasil.(Fonte: http://www2.uol.com.br/sciam/ )
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